Ambystoma mexicanum

Montagem de Andrej Jakubík

O axolote (Ambystoma mexicanum) é um tipo de salamandra do México que está criticamente em perigo de extinção desde 2006. Ele ocupa uma área de menos de 10 km2 no centro do México, na parte sul da Cidade do México, nos canais de Xochimilco. Uma espécie de salamandra que já foi reverenciada como divindade pelos astecas está em vias de extinção. Em uma expedição pelos antigos canais astecas que compõem seu habitat natural, cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) encontraram apenas sete axolotes; em 1998, havia seis mil por quilômetro quadrado.

Lago Xochimilco

Lago Xochimilco

Xolotldeus asteca, encarnado como uma salamandra Ambystoma mexicanum, que recebeu seu nome popular (Axolote). Xolotl deus asteca, encarnado como uma salamandra Ambystoma mexicanum, que recebeu seu nome popular (Axolote).

Antes de os humanos ocuparem o vasto pântano que hoje corresponde à cidade do México, o axolote já vivia em alguns lagos lamacentos na região. Era um animal despretensioso, mas peculiar: uma espécie de salamandra cor-de-lama que, ao contrário da maior parte dos anfíbios, conservava o formato de larva mesmo depois de adulta, respirando por brânquias salientes na cabeça.

Axolote (Ambystoma mexicanum)

Quando os astecas chegaram e construíram na região um labirinto de ilhas artificiais, dividindo os lagos em uma complexa rede de canais para abastecer a cidade, contribuíram para aumentar exponencialmente o habitat do axolote. Em pouco tempo, as estranhas salamandras estavam em toda parte e até um deus em forma de axolote fazia parte do panteão asteca.

Extinção do Axolote (Ambystoma mexicanum) está próxima!

Seiscentos anos mais tarde, os canais da cidade do México já estavam destruídos, o que também acabou com a espécie. Atualmente, os únicos canais restantes, localizados no sul do distrito de Xochimilco estão poluídos e saturados com criações de carpa e tilápia, que comem os ovos de axolotes e as plantas aquáticas que caracterizavam seu meio natural. Pelos últimos seis meses, cientistas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) estâo limpando esses canais, à procura dos últimos espécimes dos axolotes.

Fonte: Uol Ciências