Cynolebias akroa é o novo killifish descrito no estado da Bahia, pelo Instituto Killifish Brasil.

O novo killifish Cynolebias akroa foi descrito no estado da Bahia, na bacia hidrográfica Rio Preto, na bacia do rio São Francisco. A descrição foi feita pelo Instituto Killifish Brasil, uma ONG focada em proteger essas espécies. A espécie foi encontrada em poças temporárias onde foram identificadas a presença de espécies exóticas ao local e também a presença de um curso de água permanente. Cynolebias akroa sp. n. habita a mesma poça anual que o killifish Hypsolebias faouri e ambos estão em grande perigo de extinção.

Cynolebias akroa, Brasil, Bahia, Santa Rita de Cássia.

Cynolebias akroa, holótipo, Brasil, Bahia, Santa Rita de Cássia. (© D. Nielsen)

A nova espécie é mais próxima ao Cynolebias parnaibensis, os quais apresentam vários aspectos em comum, mais do que aos outros Cynolebias da mesma região. Cynolebias akroa sp. n. se difere de outras espécies de mesmo gênero principalmente pelo padrão de cor do macho e nadadeiras.

Killifishes são peixes muito ameaçados no Brasil devido a agricultura e expansão imobiliária. Algumas espécies não são mais encontradas na natureza, apenas no hobby chamado de Killifilia. A Killifilia é focada em preservar essas espécies em situação tão sensível. Infelizmente as leis brasileiras enquadram o hobby na clandestinidade, diminuindo ainda mais as chances de preservação dessas espécies.

O que é killifish?

Killifishes são pequenos peixes de água doce que habitam pequenas porções de água doce, como riachos, igarapés e comumente poças temporárias de chuva. São em geral muito coloridos e se reproduzem através de ovos resistentes para aguentar períodos de seca. Killifish é derivado do holandês “Kilde”, que significa riacho, poça.

O instituto Killifish Brasil

O instituto Killifish Brasil é uma ONG focada na preservação da biodiversidade através de ações em conjunto com autoridades locais e população em geral. Produz dados e materiais científicos importantes para pesquisas e projetos preservacionistas.

Por Dalton Tavares Bressane Nielsen, Mayler Martins, Luciano Medeiros de Araujo, Fabio Origuela de Lira e Amer Faour