Melanosternarchus amaru, um novo gênero e espécie de peixe faca fantasma elétrico (Gymnotiformes: Apteronotidae) originário da bacia do Amazonas.

Foi descoberto nos afluentes do rio amazonas, não somente uma nova espécie, mas um novo gênero de Apteronotidae, peixe faca fantasma. O espécime nomeado de Melanosternarchus amaru habita os profundos canais de água negra e também de água cristalina. Sua aparência pode ser comparada ao do Ituí-cavalo, espécie comum no aquarismo. Porém pode ser distinguido de outros peixes faca elétricos, os apteronotus, por uma série de características: dentição pré-maxilar reduzida, maior abertura da boca e ausência total de escamas em seu dorso.

Melanosternarchus amaru

Melanosternarchus amaru

Seu nome vem do grego, Melas, que significa negro, em homenagem á cor da água onde é encontrado e sternon (peitoral) + archos (reto), referindo-se aposição anterior do ânus da espécie. Já amaru vem da mitologia andina dos Incas, sendo uma serpente de duas cabeças que vive debaixo da terra.

Melanosternarchus amaru vista por cima

Melanosternarchus amaru vista por cima

Analises de DNA classificaram esse novo gênero como parente próximo dos gêneros Compsaraia (raramente encontrados no hobby nos EUA) e Pariosternarchus; todos de peixes faca fantasma que produzem campos elétricos para localização e comunicação. O clado formado por esses três gêneros incluem atualmente 5 espécies, todas encontradas na bacia Amazônica.

Abaixo imagens do habitat natural e demais detalhes da espécie Melanosternarchus amaru

Habitam águas profundas de até 25 metros de profundidade e de baixa condutividade, algo não encontrado em outras especies de apteronotus.

Mais informações (DOI 10.11646/zootaxa.4378.4.1) – Por Maxwell J. Bernt, William G. R. Crampton, Alexander B. Orfinger e James S. Albert.