Clima quente e disponibilidade de água facilitaram a adaptação dos peixes. Com profissionalização, expectativa de crescimento é de 20% ao ano na criação de peixes ornamentais.

Criadores de peixes ornamentais estão se profissionalizando em Minas Gerais para conseguir atender um mercado em crescimento. Na fazenda de Ulisses Dias, que fica em Vieiras, Zona da Mata Mineira, a paisagem foi transformada nos últimos anos. A propriedade costumava ser usada para a produção de leite, mas agora está cheia de tanques para criação de peixes ornamentais. São, pelo menos, 150 espécies diferentes e por mês, ele vende 200 mil unidades, para vários estados brasileiros. Segundo os especialistas, os peixes ornamentais se adaptaram bem à região por conta do clima quente o ano inteiro e a disponibilidade de água. Hoje, 400 produtores são responsáveis por 60% da produção nacional de peixes ornamentais.

No município vizinho de São Francisco do Glória, Márcio Onibene vende 170 mil peixes por mês. O agricultor que, na década de 80, plantava milho e feijão foi um dos primeiros a mudar a produção da fazenda, de olho na boa lucratividade dos peixes ornamentais. Ele começou com 12 tanques e agora já tem 200. A unidade dos peixes ornamentais é negociada atualmente por R$ 0,20 e o principal destino é o estado de São Paulo.

Um trabalho do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) está ajudando a profissionalizar o mercado. Com perspectiva de profissionalização, a expectativa é de que a produção de peixes ornamentais cresça 20% ao ano. “No Brasil, o consumo ainda é pequeno, mas há tendência de aumentar e precisa estar preparado para atender esta demanda”, diz Jefferson Dias Santos, analista técnico do Sebrae/MG.

[box type=”success” ] Colabore conosco ou ajude a aperfeiçoar esse material. Utilize o campo de comentários para tirar dúvidas e interagir sobre esse assunto. Fonte Globo Rural[/box]